terça-feira, 4 de julho de 2017

Dinossauros : como e onde surgiram - Juliana Reis

Mundo dos Dinossauros

Os dinossauros surgiram há cerca de 231 milhões de anos, em meados do período Triássico e extinguiram-se à aproximadamente 66 milhões de anos, data que marca o final do período Cretáceo e da era Mesozóica.
Antes do aparecimento dos dinossauros, deu-se uma extinção em massa tão devastadora que se estima ter desaparecido 90% da vida marinha e 70% dos animais terrestres. Esta extinção marcou o fim do período Permiano e o início ao Triássico, há cerca de 251 milhões de anos. Os ecossistemas terrestres demoraram cerca de 30 milhões de anos a recuperar desta extinção devastadora e os dinossauros começaram a aparecer durante essa altura.
Inicialmente os dinossauros habitavam livremente o super continente – a Pangeia – que se estendia de pólo a pólo. Eram animais relativamente pequenos, tanto carnívoros como herbívoros, que, com o decorrer do tempo, foram superando outros de maior porte mas menor sucesso na luta pela sobrevivência.
Os dinossauros foram-se adaptando às condições existentes na Terra e o seu sucesso como animais dominantes no planeta estendeu-se por 165 milhões de anos – a que podemos chamar de era dos dinossauros.
Para ter uma ideia de quão longa foi a era dos dinossauros, os seres humanos modernos (Homo sapiens) só habitam o planeta há cerca de 0,2 milhões de anos. Estamos mais próximos do tempo do tiranossauro (0,2 para 66 milhões de anos) do que o tiranossauro dos primeiros dinossauros que existiram (66 para 231 milhões de anos).
Com a evolução e adaptação que foram sofrendo aos mais variados níveis, os dinossauros chegaram ao período Jurássico com um tamanho médio superior, com uma classe carnívora bem definida e herbívoros com defesas mais evoluídas, como couraças, espinhos, placas de protecção, maior densidade óssea em zonas mais sensíveis, entre outras.
O período Jurássico (202 – 145 milhões de anos), um pouco por culpa do grande sucesso do cinema «Jurassic Park», é popularmente visto como o período onde habitaram alguns dos dinossauros mais famosos, como o tiranossauro. No entanto, ainda faltariam muitos milhões de anos para surgir.
O grande predador do Jurássico era o alossauro, numa época em que viveram também o estegossauro, o braquiossauro e muitos outros, incluindo alguns dinossauros bizarros.
O período Cretáceo (145 – 66 milhões de anos) é um pouco ilusório no que diz respeito à evolução dos dinossauros. É neste período que se encontram mais e melhores registos fósseis, bem como foi a época em que maior número de dinossauros habitaram a Terra, no entanto, a diversidade diminuiu e isso pode ter contribuído para a extinção.
Apenas dois grupos significantes de dinossauros se diversificaram – os ceratopsídeos e os hadrossauros. As plantas angiospérmicas começaram a dominar a flora e, apesar de vários dinossauros herbívoros se alimentarem destas, a maioria alimentava-se das plantas gimnospérmicas e não conseguiram acompanhar o ritmo das alterações do ecossistema no que dizia respeito à alimentação. A extinção dos dinossauros foi acelerada pelo evento que os dizimou, mas é possível que se tivessem extinto de qualquer forma dada a baixa diversidade que apresentavam nessa altura.
Outros animais, porém, ganharam vantagem nisso, como os insectos e os mamíferos. Os lagartos, as cobras, os crocodilos e os pássaros também se diversificaram, sendo as aves descendentes dos dinossauros terópodes. As tartarugas mantiveram-se praticamente inalteradas, desde que surgiram há 215 milhões de anos, até aos dias de hoje.

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